segunda-feira, setembro 17, 2007

Espera

Somos eternos esperançosos. Esperamos de tudo um pouco, transformar sonhos em realidade, a paixão reprimida em conquista gloriosa, dos estranhos um gesto de compreensão. Trilhamos, inconscientes e claudicantes, o barro primário. Refazemos os caminhos confusos que nos trouxeram até aqui. Tentamos ver através das cinzas de nossas lembranças. Somos cobertos por elas. Obliteram-nos a visão, o livre arbítrio, o olhar direto ao rumo traçado. Rumo. Qual barco, desgovernado, vogamos ao sabor do mar. Atravessando as ondas inclementes, que nos acertam sem dó nem piedade. Não adianta. A esperança é vã. É pífia. É um cais maldito, onde jamais aportamos. Esperamos ansiosos pela salvação. Tristes marinheiros. Todos nós.

Originalmente publicado no Coletânea Artesanal.

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Aos sábados, estarei escrevendo um texto inédito no blog Livro Aberto. Prestigiem. Participo também do Coletânea Artesanal. São muitos trabalhos fantásticos. Recomendo a visita.

Leiam o blog Pseudo-Poemas. Leiam também o que publico no Cantábile. Em ambos estão os textos proibidos pela Bíblia e pelo Vaticano.


E agora no Memórias Póstumas de um Puto Prestimoso.

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